Nova temporada do Paredes São de Vidro: Como o STF ultrapassou os limites de seus poderes?
O podcast Paredes São de Vidro estreia sua terceira temporada na próxima semana com um caso que ilustra como o Supremo Tribunal Federal (STF) se tornou um protagonista na história do país. A ideia inicial era comparar o Supremo de 30 anos atrás com o atual, por meio de decisões, mas isso esbarraria em uma questão técnica: há três décadas não havia nem TV Justiça, nem Rádio Justiça. As sessões do Supremo não eram televisionadas ou gravadas. Mas um caso específico mudou o rumo do roteiro e tornou possível mostrar como o STF saiu de coadjuvante para o que é hoje.
"Sabe aquele exemplo que se encaixa perfeitamente em tudo o que você precisa descrever? Pois é. Era este caso. Um caso digno de abrir essa nossa temporada", conta no teaser da nova temporada Felipe Recondo, diretor de Conteúdo do JOTA e apresentador e produtor-executivo do Paredes São de Vidro. "O caso? O Estado Brasileiro versus… uma criança", completa.
O caso, inclusive, ganhou um novo contorno com o podcast. "Descobrimos que essa história, aparentemente encerrada, estava, na verdade, à espera de um ponto final. Foi aí que percebemos que estávamos mexendo em feridas que ainda não estavam curadas. E nossa equipe, sem querer, acabou mudando o rumo dessa história de uma maneira irreversível", diz Recondo.
“Nesta temporada, queremos mostrar que o Supremo que temos hoje não surgiu de forma espontânea. Ele é resultado de um processo histórico de transformações institucionais ao longo do tempo, além de escolhas feitas pelo próprio tribunal, influenciadas pelo perfil de seus ministros e pelas provocações vindas do Congresso, da sociedade, da opinião pública e dos demais Poderes. O Supremo não chegou até aqui sozinho; o que vemos hoje reflete essa interação contínua com outros Poderes e com a sociedade, assim como as decisões institucionais do tribunal e de seus integrantes", detalha.
Uma pergunta é condutora desta temporada: como o Supremo se tornou o que é hoje? "Acho que todo mundo, olhando para o Supremo hoje, concorda que ele é um Tribunal muito poderoso, muito importante, central para a política brasileira. Acho que todo mundo também concordaria que isso é bem diferente do que a gente via nos anos 90. Mas como exatamente essa transformação aconteceu?", provoca Diego Werneck Arguelhes, professor de Direito Constitucional do Insper, que escreveu o roteiro junto com Recondo.
"Às vezes a gente precisa parar e tentar organizar as ideias e pensar como isso aconteceu. Quais foram os marcos dessa transformação de um Supremo que, embora criado poderoso pela Constituinte, demorou para engrenar, mas quando engrenou, não foi de zero a 100, ele foi de zero a 1000, em um período relativamente curto de tempo. Em menos de uma década, já era um tribunal totalmente transformado", completa.
Nessa nova temporada, o Paredes São de Vidro faz se propõe a "organizar as ideias e pensar" essa transformação. Por meio de entrevistas, fatos e análises, mostra como um tribunal criticado por não decidir quase nada de relevante se torna alvo permanente da sociedade. Além de roteiro de Felipe Recondo e Diego Werneck Arguelhes, o podcast conta ainda com a edição de Eduardo Gomes e produção investigativa de Roberto Maltchik.
O teaser já está no ar e você pode ouvir os próximos episódios a cada semana na sua plataforma preferida de áudio (Spotify, Apple e outros).
"Sabe aquele exemplo que se encaixa perfeitamente em tudo o que você precisa descrever? Pois é. Era este caso. Um caso digno de abrir essa nossa temporada", conta no teaser da nova temporada Felipe Recondo, diretor de Conteúdo do JOTA e apresentador e produtor-executivo do Paredes São de Vidro. "O caso? O Estado Brasileiro versus… uma criança", completa.
O caso, inclusive, ganhou um novo contorno com o podcast. "Descobrimos que essa história, aparentemente encerrada, estava, na verdade, à espera de um ponto final. Foi aí que percebemos que estávamos mexendo em feridas que ainda não estavam curadas. E nossa equipe, sem querer, acabou mudando o rumo dessa história de uma maneira irreversível", diz Recondo.
“Nesta temporada, queremos mostrar que o Supremo que temos hoje não surgiu de forma espontânea. Ele é resultado de um processo histórico de transformações institucionais ao longo do tempo, além de escolhas feitas pelo próprio tribunal, influenciadas pelo perfil de seus ministros e pelas provocações vindas do Congresso, da sociedade, da opinião pública e dos demais Poderes. O Supremo não chegou até aqui sozinho; o que vemos hoje reflete essa interação contínua com outros Poderes e com a sociedade, assim como as decisões institucionais do tribunal e de seus integrantes", detalha.
Uma pergunta é condutora desta temporada: como o Supremo se tornou o que é hoje? "Acho que todo mundo, olhando para o Supremo hoje, concorda que ele é um Tribunal muito poderoso, muito importante, central para a política brasileira. Acho que todo mundo também concordaria que isso é bem diferente do que a gente via nos anos 90. Mas como exatamente essa transformação aconteceu?", provoca Diego Werneck Arguelhes, professor de Direito Constitucional do Insper, que escreveu o roteiro junto com Recondo.
"Às vezes a gente precisa parar e tentar organizar as ideias e pensar como isso aconteceu. Quais foram os marcos dessa transformação de um Supremo que, embora criado poderoso pela Constituinte, demorou para engrenar, mas quando engrenou, não foi de zero a 100, ele foi de zero a 1000, em um período relativamente curto de tempo. Em menos de uma década, já era um tribunal totalmente transformado", completa.
Nessa nova temporada, o Paredes São de Vidro faz se propõe a "organizar as ideias e pensar" essa transformação. Por meio de entrevistas, fatos e análises, mostra como um tribunal criticado por não decidir quase nada de relevante se torna alvo permanente da sociedade. Além de roteiro de Felipe Recondo e Diego Werneck Arguelhes, o podcast conta ainda com a edição de Eduardo Gomes e produção investigativa de Roberto Maltchik.
O teaser já está no ar e você pode ouvir os próximos episódios a cada semana na sua plataforma preferida de áudio (Spotify, Apple e outros).